santa maria

Brigada Militar promove debate para reduzir violência contra mulher

Camila Gonçalves

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Tenente-coronel da reserva da BM, Nádia Gerhard, foi idealizadora das patrulhas Maria da Penha

Pelo menos uma mulher é agredida por dia em Santa Maria. É o que apontam os números da Secretaria de Segurança Pública do Estado. De janeiro a setembro deste ano, foram 529 agressões. Em todo o ano passado, foram 753 casos contra 680 em 2016. Num cenário de hostilidade crescente, a Brigada Militar promoveu, hoje, um seminário para debater a temática da violência contra a mulher.  

O evento reuniu profissionais da rede de proteção às mulheres, gestores públicos e acadêmicos, no auditório da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos da BM. O evento contou com a presença da mulher que idealizou a criação das patrulhas Maria da Penha no Rio Grande do Sul, a tenente-coronel da reserva Nádia Rodrigues Silveira Gerhard. Ela também foi a primeira mulher a comandar um batalhão no Estado.

Suspeito de ofender alunos no campus da UFSM nega acusação

De acordo com a sargento Elisiane Rigão Pedroso, que coordena a Patrulha Maria da Penha em Santa Maria, a demanda de medidas protetivas previstas pela Lei Maria da Penha é tão grande que só os casos mais graves são monitorados. Com a missão de fiscalizar o cumprimento das medidas, a equipe de quatro policiais atua após as ocorrências para verificar se os agressores se mantêm afastados. Tudo é reportado ao Judiciário, que poderá prever prisão preventiva e evitar crimes mais graves como o feminicídio, que é a morte de uma mulher motivada pela desvalorização do gênero.

Em segunda instância, Ariosto tem pena reduzida a 110 anos de prisão

Em outubro, estão sendo acompanhadas pela Patrulha Maria da penha 65 mulheres, mas a média de medidas solicitadas ao Judiciário até agora é de 100 por mês, segundo informações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). De 1ª de janeiro a 30 de setembro, foram 987 pedidos. A maioria das agressões parte de companheiros ou ex-companheiros, mas há também filhos que agridem mães e netos que agridem avós, por exemplo.

- É cada vez maior o número de vítimas. Não tem um serviço que a gente tire que tenha menos de dois ou três casos de (violação da lei) Maria da Penha. Aos domingos e feriados, são cinco ou seis ocorrências - conta a sargento.

Família de Santa Maria que teve casa destruída em incêndio precisa de ajuda para reconstruir

Além da tenente-coronel Nádia, o seminário contou ainda com a presença do pró-reitor de Extensão da UFSM, Flavi Ferreira Lisbôa Filho, que tratou da representação de gênero na mídia, e da delegada titular da Deam, Débora Dias, que falou sobre a efetividade da Lei Maria da Penha. A assistente social Eliza Lopes Seefeldt e a psicóloga Nadir Gonçalves, do Juizado da Paz Doméstica de Santa Maria, falaram sobre o atendimento psicossocial de mulheres em situação de violência doméstica.

PROTEÇÃO À VÍTIMAS 

  • Mulheres vítimas de ameaça ou agressão devem procurar a Delegacia da Mulher (Rua Duque de Caxias, 1.168) ou outra delegacia para registrar o fato. A vítima pode dizer que gostaria de obter uma medida protetiva já no balcão da Polícia Civil 
  • z Mais informações podem ser obtidas junto à Patrulha Maria da Penha pelo telefone (55) 3214-2884

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Solenidade marca entrega de viaturas para a Brigada Militar Anterior

Solenidade marca entrega de viaturas para a Brigada Militar

Suspeito de ofender alunos no campus da UFSM nega acusação Próximo

Suspeito de ofender alunos no campus da UFSM nega acusação

Polícia/Segurança